Londres, 08 de Janeiro de 2014.
Querida Rosie,
como não acredito em bruxas, mas elas existem, o scanner da
biblioteca não está mais entre nós. Mas das coisas que mais me orgulho é ter
uma palavra honrada. Algo que nada mais é que uma maneira de demonstrar
gratidão a elas - as palavras - que comigo estiveram sempre; nos dias de Sol e
nos dias de chuva.
Escrevo-lhe este pedaço de mim no papel (e agora, digitalizado)
como uma forma de dizer várias coisas que não sou capaz de prosar sem caneta em
mãos. Principalmente, para dizer que me importo. Que meu 2013, um ano que foi
quase puro esquecimento de experiências amargas, teve no seu sorriso algum
alívio. Sempre é bom encontrar alguém que te lembra das coisas importantes; e
por isso lhe serei grato não por muito tempo. Afinal, só posso ser grato
enquanto respiro.
Não tão importante, mas ainda sim digníssima de nota é a tal Londres. Cinza como só alguém lúdico pode perceber. Impessoal metrópole, concentra todas as culturas e povos. Sem julgar, sem se importar, entende-os. Permite que vivam entre suas malhas metódicas de linhas ferroviárias, rodoviárias, pessoais e sociais.
Faz, assim como uma mulher sedutora, questão de mostrar que nada a possui, embora todos desejem. Todos querem ser Londrinos, mas nenhum foi, é ou será, pois jamais alguém conheceu bem o suficiente suas curvas para lhe tomar posse.
Por hora é isso. O sono acumulado pelas (ir)responsabilidades acadêmicas agora pesa; assim como a saudade da besta que isto escreve. Fugirei do frio num sonho ensolarado. Até breve.
Com amor,
A.
Não tão importante, mas ainda sim digníssima de nota é a tal Londres. Cinza como só alguém lúdico pode perceber. Impessoal metrópole, concentra todas as culturas e povos. Sem julgar, sem se importar, entende-os. Permite que vivam entre suas malhas metódicas de linhas ferroviárias, rodoviárias, pessoais e sociais.
Faz, assim como uma mulher sedutora, questão de mostrar que nada a possui, embora todos desejem. Todos querem ser Londrinos, mas nenhum foi, é ou será, pois jamais alguém conheceu bem o suficiente suas curvas para lhe tomar posse.
Por hora é isso. O sono acumulado pelas (ir)responsabilidades acadêmicas agora pesa; assim como a saudade da besta que isto escreve. Fugirei do frio num sonho ensolarado. Até breve.
Com amor,
A.